Serra Catarinense
- Jacqueline Okumura
- 24 de mai. de 2019
- 4 min de leitura
Atualizado: 26 de mai. de 2019

Apesar de ter morado 11 anos no Estado de Santa Catarina, não conhecia a Serra Catarinense. Quando decidi passar as férias no Brasil, minha mammy sugeriu que fizéssemos uma viagem em família, para realmente aproveitarmos ao máximo o tempo juntos e com qualidade, afinal faz 3 anos que não nos vemos pessoalmente e digo pessoalmente, porque graças à tecnologia podemos nos ver e conversar muito apesar da distância. Uma situação muito engraçada foi quando contei para meus sobrinhos que eu iria ver eles, e minha sobrinha de 5 anos ficou meio confusa e em dúvida, se ela me veria no Ipad, como sempre ou se eu realmente estaria de corpo presente hahah crianças são o máximo.
Adoramos à ideia da viagem em família e decidimos fazê-la de carro, nossa primeira viagem juntos desde quando éramos crianças. Logo optamos em fugir um pouco do litoral e seguir para a serra, as vezes quando pensamos em viajar, pensamos em lugares distantes que demandam mais tempo e dinheiro, e por algumas vezes acabamos adiando a tão sonhadas férias, mas ela poderia acontecer se procurássemos conhecer lugares perto de onde moramos, poderíamos aproveitar os finais de semana, os feriados ou pegar somente poucos dias de folga para relaxar um pouco, afinal a vida sempre é corrida, achamos que 24h não é o suficiente para fazermos tudo o que deveríamos e no final do dia estamos cansados e às vezes pensando que não fizemos tudo o que planejamos ter feito para aquele dia. E se em vez de adiarmos esta grande viagem e aproveitarmos para conhecer um lugar que é logo ali perto de casa, mas que você acaba pensando, outro dia eu vou, pois é perto de casa e eu posso ir qualquer outro dia, mas esse dia talvez nunca chegue. E o mundo dá voltas e o lugar que você pensa que é logo ali, pode se tornar um lugar bem distante como no meu caso, afinal Brasil - Japão não é logo ali, mas durante 11 anos a Serra Catarinense foi um lugar logo ali para mim.

Durante a viagem conhecemos a Serra do Corvo Branco com 1.470 metros de altitude e uma rocha com um corte de 90 metros de profundidade que é considerada o maior corte em rocha do Brasil. Escolheram este nome para a serra pois existem muitas aves desta mesma espécie na região, sendo localizada no município de Urubici, que foi a primeira estrada aberta entre o litoral e a serra catarinense no trecho da rodovia SC-370.
Nossa viagem foi saindo do litoral e descendo a serra, neste sentido chegamos primeiro no topo da Serra do Corvo Branco e a vista foi deslumbrante vimos primeiramente a fenda da rocha cortada onde a estrada passa ao meio para começar a descer a serra, muitos ônibus, vans e alguns carros estacionam antes de chegar à fenda e fazem o trecho até a primeira curva a pé, pois a paisagem é maravilhosa e rende muitas fotos. Na primeira curva você consegue ter uma visão de quantas curvas você terá pela frente se descer a serra, e a vista com certeza vale a pena, ver a estrada em zigue-zague em meio a natureza, com montanhas, rochas e muitas árvores é fascinante. A curva mais fechada nesta estrada possui 180 graus, onde ônibus e caminhões precisam manobrar para conseguir realizar a curva. Em alguns pontos da estrada são encontrados mirantes para poder apreciar a paisagem.

Nosso próximo destino foi a Serra do Rio do Rasto que se localiza entre a cidade de Bom Jardim da Serra e Lauro Müller no trecho da rodovia SC-390.
Quando chegamos no mirante da Serra do Rio do Rasto não dava para enxergar nem um palmo à frente, estava tudo encoberto pela neblina, então decidimos descer a serra e dormir em Lauro Müller, para no dia seguinte subirmos a serra novamente, torcendo para que o dia estivesse aberto.

Dormimos na Pousada Redivo, eles tem chalés bem aconchegantes, e o café da manhã foi o melhor de todos, o café colonial deles é incrível você sente o sabor dos ingredientes que são caseiros e de extrema qualidade, os queijos recheados são de dar água na boca, deixa eu continuar a contar da viagem, porque já estou ficando com fome.

No dia seguinte acordamos cedo, e tivemos sorte, o dia estava ensolarado, e sem nuvens no céu. Chegamos no mirante umas 8h da manhã e a vista é de encantar, são 284 curvas em um percurso de 25 km, muito motoqueiros fazem este percurso e as paredes da loja do mirante são cobertas por adesivos de clubes de motocicletas. São 11 curvas por quilômetro, por este motivo acontece campeonatos de carro na modalidade Drift, este campeonato deve ser com muita emoção, pois tem curvas bem sinuosas.

Nesta viagem descobri um pedacinho do Sul que vale a pena conhecer, a Serra tem seus encantos, é aconchegante e trás um sossego, uma paz interior que renova as energias.
Te vejo no próximo post!!!
Amei o post!!! Quero muito conhecer essa Serra!!! Linda