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Principais pontos turísticos de Kamakura

  • Foto do escritor: Jacqueline Okumura
    Jacqueline Okumura
  • 22 de mar. de 2019
  • 5 min de leitura


Kamakura é uma cidade japonesa à beira-mar, ao sul de Tóquio, na província de Kanagawa, por ser perto da capital, cerca de 1h de carro ou trem, se tornou uma cidade turística muito frequentada por estrangeiros e moradores locais. É uma cidade com dezenas de templos Zen e santuários xintoístas. Seu ponto turístico mais famoso é o Grande Buda, do Templo de Kotoku-in, uma estátua de bronze com cerca de 13 metros de altura. A praia de Yuigahama na baía de Sagami é um ponto muito popular para o surf, que inclusive vai sediar o campeonato de windfurf dos Jogos Olímpicos de 2020.



Grande Buda

O Grande Buda de Kamakura tem uma história muito interessante de resistência e devoção. Inicialmente o Grande Buda, que é a representação do Buda Amitaba, foi construído de madeira para ficar dentro do templo budista Kōtoku-in da seita Jōdo-shū. Sua construção começou em 1233 e após 10 anos de trabalho contínuo foi concluída. Porém em 1248 houve uma grande tempestade que destruiu o salão que ela se localizava e a estátua foi danificada, então, um sacerdote do templo sugeriu que a estátua fosse reconstruída, mas desta vez de bronze e assim foi feito. Acreditam que esta nova estátua, segundo os registros do templo, tenha sido construída em 1252, no entanto não se sabe se esta estátua é a mesma que vemos hoje, pois houve mais duas grandes tempestades uma em 1334 e outra em 1369, sendo que ambas destruiram o templo, que teve de ser reconstruído novamente. No dia 20 de setembro de 1498, um tsunami atingiu a cidade de Kamakura e o templo Kōtoku-in foi arrastado por ele, permanecendo somente o Grande Buda ao ar livre. Acredita-se que em algum momento da história esta estátua foi toda coberta com folhas de ouro, pois ainda se encontra perto dos ouvidos, alguns resquícios de ouro. "Fiquei imaginando como seria deslumbrante estar a frente de uma estátua de 13 metros de altura e 121 toneladas completamente dourada e reluzente pelo ouro". Por dentro a estátua é oca o que possibilita os visitantes entrarem em seu interior, mas infelizmente com o passar dos anos, algumas pessoas foram danificando as paredes com grafites, por este motivo foi colocada uma placa no local dizendo: "Visitante, quem quer que você seja e qualquer que seja o seu credo, quando você entrar no santuário lembre-se que você trilha sobre terras santificadas pela oração de eras. Este é o Templo de Buda e o portal da eternidade, e portanto deve ser cuidado com reverência." Uma frase tão sutil para um ato tão irresponsável.

Antigamente havia 32 pétalas da flor de lótus na sua base, mas por causa das destruições elas não se encontram mas no local, permanecendo somente a base sem nenhum tipo de decoração.



Com toda esta história de resistência, não é a toa que esta estátua é considerada um dos mais famosos ícones do Japão.

Para entrar no templo custa ¥150 ienes criança e ¥200 ienes adulto e para acessar seu interior custa somente ¥20 ienes.


Templo Hōkokuji




Não se sabe ao certo mas segundo alguns registros acredita-se que o templo Hōkokuji da escola Kenchō-ji da seita Rinzai do zen-budismo foi fundado em 1334 para homenagear o Ashikaga Ietoki, avô de Ashikaga Takauji, o primeiro shōgun do xogunato Ashikaga e ser o templo particular dos clãs Ashikaga e Uesugi.

Muitos chamam este templo de templo dos bambus e não é por menos, pois seu jardim possui 2 mil bambus. Andar no meio deles, pelos caminhos de pedras, te traz uma paz e uma sensação de estar no meio de um bosque longe de todo o barulho e poluição da cidade, olhar para cima e ver a imensidão dos bambus e lá no alto visualizar o céu é deslumbrante.



No meio deste jardim maravilhoso tem uma tradicional casa de chá japonesa, onde você pode desfrutar do famoso chá verde que é servido com um doce para dar o contraste entre o sabor do chá meio amargo. A bebida vem em uma bandeja de madeira de gingko que foi talhada com desenhos de flores, utilizando uma técnica típica da cidade de Kamakura, enquanto você estiver saboreando o chá, a vista que você terá do jardim é magnífica. Seguindo o caminho de pedras após sair da casa de chá, você ira encontrar uma vista encantadora para um rochedo onde é possível ver a distância que nele possui uma caverna, em meio a esta caverna foram colocadas as cinzas das famílias dos clãs que moram ali antigamente.



Em 1923, houve um grande terremoto na região de Kanto onde se localiza a cidade de Kamakura, que destruiu uma boa parte do templo, pelo local conter uma quantidade de materiais de propriedade cultural importante, foi decido levar todo este conteúdo para o maior templo da cidade, que vou descrever para você posteriormente. Na reconstrução do templo decidiram por, reconstruir o telhado de uma forma moderna, porem para mostram aos visitantes como eram os telhados feitos de palha de antigamente, preservaram o telhado original na torre do sino.


Para entrar no templo custa ¥200 ienes e caso queira apreciar o chá verde custa ¥500 ienes.



Tsurugaoka Hachiman-gū



O Santuário Tsurugaoka Hachiman-gū é o maior e mais importante santuário xintoísta da cidade de Kamakura. Foi construído em 1063 no centro da cidade e assim permanece até hoje, a cidade cresceu muito, mas de forma proporcional em volta do santuário, fazendo com que sua localização permanecesse no coração da cidade. Todos os principais eventos culturais da cidade acontecem aqui. Este santuário conta uma boa parte da história do Japão, seu fundador foi Minamoto Yoriyoshi. Após uma longa batalha entre o clã de Minamoto e o clã Taira que dominava a politica japonesa da época, Minamoto venceu tirando os poderes do Japão das mãos do clã rival. Decidiu então transferir a capital japonesa, que na época era a cidade de Quioto, para a cidade de Kamakura. A escolha da cidade ocorreu devido a um ancestral de Minamoto, ter conseguido ali, acabar com uma rebelião que tinha ocorrido a uns 100 anos atrás. Minamoto foi o primeiro samurai a derrubar a supremacia da nobreza no Japão, por isso construiu este santuário dedicado ao kami (divindade xintoísta, que não quer dizer exatamente Deus) Hachiman, que é considerado o protetor dos samurais.



Este santuário é na verdade um complexo com várias construções e jardins. O que é interessante pois, seus santuários são dedicados ao xintoísmo, mas a maneira das disposição das construções, é típica da arquitetura budista japonesa.

No santuário principal deste complexo se encontra um museu que exibe várias relíquias pertencentes ao período que os samurais comandavam o Japão, como espadas, máscaras e documentos originais. Na base da escadaria deste mesmo santuário, tem um palco para apresentações de dança, música e cerimônias de casamento. A alguns passos dali, se encontram dois lagos, um sendo a representação do clã de Minamoto contendo três ilhas, já que o número três em japonês (san) também significa vida, e foram plantadas nestas ilhas lótus brancos, que é a cor da bandeira do clã de Minamoto, enquanto no outro lago que representa o Clã Taira, arqui-rival de Minamoto, contém quatro ilhas, já que a palavra "shi" em japonês, significa tanto o número quatro, quanto a palavra morte e por lá foram plantadas lótus vermelhas, a cor do sangue.



Para acessar o santuário é grátis, porem se quiser conhecer o museu, o valor é de ¥200 ienes.


Te vejo no próximo post!

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